(Foto: Joanna de Ângelis)
As estatísticas apresentam as calamidades resultantes da fome, e os olhos do mundo voltam-se para o futuro, receosos, estudando apressadas soluções...
A expectativa perante a super-população do Globo nos próximos decénios gera desequilíbrio, aflição...
Economistas, técnicos e outros de várias estruturas do conhecimento, examinam os prognósticos sombrios e escolhem os ombros...
Religiosos e pensadores, lamentando o crescimento exagerado da espécie humana, atemorizam-se, e falam com pessimismo sobre o amanhã...
Eugenistas chamados à liça e ginecologistas ouvidos, sugerem, indiferentes, às altas personalidades que administram as nações, o controle da natalidade.
Cabidos e conclaves, congressos e concílios discutem a questão, e, lentamente, disseminam nas mentes e nos corações a falsa necessidade da limitação dos filhos, em audaciosos decretos de morte do presente para a humanidade que não se deseja permitir venha a nascer...
... E pretendem, alguns, desse modo, converter o amor, nas suas bases sagradas através do matrimónio, em ingresso grosseiro no reino das emoções bastardas... No entanto, casais impossibilitados de procriar, monetariamente abastados, submetem-se aos modernos processos da inseminação...
Estatísticas revelam, e o mundo estarrece-se, com os elevados índices da criminalidade...
Atentados ao pudor, desrespeito pelos direitos alheios, agressão à propriedade, assaltos, crimes à mão armada e delinquência juvenil crescem a cada minuto.
O desequilíbrio moral, por parte dos adultos, aumenta, desgovernado.
Os crimes passionais entre pessoas idosas multiplicam-se, volumosos.
Selvajaria, abastardamento do carácter e da inteligência, neuroses e psicoses atestam, em incontrolável desdobramento, a via calamitosa por onde segue o homem...
Educadores, psicólogos, analistas e assistentes sociais chamados a opinar, prescrevem, depois dos exames minuciosos, com frieza, a necessidade de liberdade e educação.
O despovoamento dos campos, o super-povoamento das capitais e cidades do litoral leva os detentores do poder económico a investimentos de altos lucros, criando problemas de fome...
Há dois mil anos, no entanto, Jesus, o Educador por Excelência, prescreveu, afável:
- “Amai-vos uns aos outros”, e, como os homens olvidaram a fórmula eficaz para se manterem dignos, criando, em consequência, os lamentáveis problemas do presente, o Espiritismo, que hoje revive o Divino Mestre e O traz ao coração humano, também concita ao amor, como única terapêutica para todos os males da actualidade.
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Há crime, sim, na Terra. Mas a causa da criminalidade exagerada, hoje mais do que ontem, provém da fome de amor.
Há guerra e dor, sim, na Terra. Mas por fome de amor. É a fome do amor que está levando o homem ao desespero...
O amor, e somente o amor, propicia construções eternais.
Controle de natalidade, pois, é crime diante da consciência divina, considerando que, através do amor todos os problemas encontram solução e que, acima do nosso amor, o Amor de Nosso Pai espalhado pelo Universo, que tudo sustenta e vitaliza, vigilante, à hora própria intervém, equacionando todos os enigmas que o nosso limitado amor não consegue resolver...
(De “Dimensões da Verdade”, de Divaldo P. Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis)
***Texto Revisto
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