Carta 5
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CARTAS DE CRISTO
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CARTAS DE CRISTO
Traduzido por Almenara
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Eu, o CRISTO estou a escrever esta
CARTA 5 para definir claramente a REALIDADE oculta, à qual também me referirei
como o “UNIVERSAL” e o “DIVIN O”, a fim de ajudá-lo a abrir a sua mente à
compreensão de que, enquanto você é um indivíduo, AQUELE QUE LHE DEU O “SER” E
A “INDIVIDUALIDADE” é, em SI MESMO, – Universal – Eterno – Infinito – Omnipresente,
sem princípio nem fim.
Para o bem das pessoas que
resolverem ler a Carta 5 antes das Cartas anteriores, as quais relatam a minha
vida e os meus verdadeiros ensinamentos enquanto estava na Terra, direi que o meu
verdadeiro eu, “Jesus” CRISTO, não deve de nenhuma maneira ser confundido com o
“Jesus” retratado no Novo Testamento.
Uma vez que meus ensinamentos
originais foram difundidos e muito mal-interpretados por todo o mundo na forma
dos quatro Evangelhos, é minha intenção começar a ensinar a VERDADE da
EXISTÊNCIA, explicando o verdadeiro significado da minha terminologia original citada
nos Evangelhos. Isso é necessário para desfazer, e, finalmente, eliminar da consciência
das pessoas, os mal-entendidos que têm persistido, assim como a má informação
dada às gerações de buscadores espirituais desde que vivi na Terra.
Quando estive na Terra para
descrever a Realidade por trás e dentro da existência, usei deliberadamente o
termo “Pai” ao referir-me a “Deus”. Tive duas razões para o fazer.
Em primeiro lugar, como expliquei na
Carta 1, quando recebi a iluminação no deserto, pude ver que os conceitos que
descreviam o Criador do universo, conforme “revelados” pelos profetas Judeus,
eram completamente erróneos.
Em segundo lugar, foi-me permitido
perceber com clareza – e compreender plenamente – a verdadeira natureza do
Criador. Dei-me conta de que era uma natureza parental, – a de satisfazer as
necessidades da criação de maneira específica e bem definida, semelhante a um
pai-mãe. De facto, vi que os impulsos parentais, presentes em todos os seres
vivos, eram extraídos directamente do Criador e que a origem de todo o amor e
dos impulsos parentais era também a origem da vida e da existência em si.
Também “vi” que a criação era uma
manifestação visível dos Impulsos Criativos Universais do Ser e que, portanto,
podia chamar a humanidade de descendência do Criador. Por esta razão, era
totalmente natural que falasse do “Pai” ao referir-me ao Criador, pois, para
mim, isso é o que realmente o Criador é, em todos os aspectos – e sobretudo “Pai
– Mãe”. Porém, considerando a insistência judia em relegar a mulher a uma
posição subordinada na vida diária, referi-me somente ao “Pai” para evitar a resistência
judia e para ganhar a sua aprovação para o novo termo. Também idealizei o termo
“Pai” para ajudar os Judeus a perceberem que o seu conceito de Jeová, e a
rigidez das leis judias, eram totalmente erróneos. Também ao utilizar um novo
termo – o “Pai” – para descrever o Criador – o Impulso Criativo – por trás e
dentro da existência, esclarecia que havia trazido um ensinamento completamente
novo, oposto à crença estabelecida num “Deus” que rejeitava certas pessoas e
que lhes enviava merecidos desastres como castigo.
Quero que compreenda, plenamente,
que em nenhuma parte do Novo Testamento foi dito claramente que eu estava a trazer
uma instrução completamente oposta aos ensinamentos do Antigo Testamento.
Portanto, não se pode confiar, aceitar ou crer no Novo Testamento como uma
verdadeira narração da minha vida e ensinamentos.
Um relato verdadeiro e preciso da minha personalidade, da minha natureza iluminada, das minhas atitudes
emocionais e dos meus ensinamentos em si, teriam amplamente esclarecido que as
antigas formas de religião judaica e os meus ensinamentos iluminados eram
completamente opostos em todos os aspectos.
A religião judaica possuía conceitos
extremamente materialistas. Entretanto, existem escritos por meio dos quais os
Judeus espiritualmente iluminados alcançaram, e continuam a alcançar, uma
percepção mística da nossa FONTE do SER.
Estes, em vista do seu estado mental
transcendente, devem ser profundamente honrados e respeitados.
Mas, quando os escritos dos profetas
atingiram o homem e a mulher comum, transmitiram uma mensagem diferente,
controladora, que era puramente humana e falsa.
Nenhum controle do “bem” ou do “mal”
é exercido por um “Deus que está acima”. Se assim fosse, o mundo não estaria num
estado tão espantoso de transtorno e miséria.
Eu trouxe um novo ensinamento,
destinado exclusivamente a tornar as pessoas conscientes da universalidade e do
amor – a natureza inerente e transcendente – d’ “AQUELE” – QUE TROUXE TODA A
CRIAÇÃO PARA A MANIFESTAÇÃO VISÍVEL.
Tenho o propósito de tornar isto
muito claro para permitir aos buscadores da Verdade libertarem-se de qualquer
vestígio de crença de que eu era simplesmente um profeta, numa extensa linhagem
de profetas Judeus, e que eu continuava a pregar as suas crenças, onde um Jeová
todo-poderoso possuía sentimentos ambivalentes em relação a sua própria
criação.
O temor que os discípulos tinham dos
Judeus Ortodoxos fez com que se conformassem com o que estes haviam decidido
contar ao povo sobre mim. Deve recordar que para ganharem novos adeptos Judeus para
o Cristianismo, os meus discípulos tiverem medo de renunciar ao Antigo
Testamento, uma vez que este tinha mantido os Judeus unidos durante séculos.
Portanto, extraíram e adicionaram aos meus ensinamentos tudo o que fosse
compatível com as velhas crenças religiosas. Minha genealogia foi traçada para assegurar
aos Judeus que eu descendia do Rei David. Porque se teriam incomodado a fazer
isso? A não ser que quisessem deixar claro que eu era Judeu de linhagem antiga
e que, portanto, era um legítimo candidato a Messias.
Se realmente tivessem compreendido o
que eu tinha vindo fazer na Terra – romper com o passado e lançar as bases para
um futuro completamente novo de compreensão e actividade, teriam feito um
esforço maior para assegurar que o povo compreendesse os verdadeiros propósitos
que me impulsionaram até ao dia da minha morte. Porém não o fizeram, e
obscureceram muito do que tentei ensinar.
Um discípulo de coração valente,
Estêvão, tinha menos medo de falar dos meus verdadeiros ensinamentos, ainda que
estes também tivessem sido modificados, mas foi apedrejado até à morte. Deve
compreender que a vida dos meus discípulos era precária e que não é de se
estranhar que mascarassem os meus ensinamentos com pensamentos tradicionais,
para os tornar mais aceitáveis ao povo.
Haverá disputas ferozes quando digo
que o “Cristianismo” apresenta o registo de apenas algumas das minhas
afirmações e curas que não entram em grande conflito com o ensinamento judaico.
É uma religião criada pelos meus primeiros discípulos e por Paulo, depois da
sua iniciação na Antioquia, para manter os Judeus unidos tanto quanto possível,
e trazer os gentios convertidos ao rebanho. Assim, a conveniência converteu-se numa
faceta do pensamento Cristão.
Esta é a verdade a respeito da minha
vida e morte sobre a Terra. Surgirão discussões, pois as pessoas apegam-se às suas
mais queridas crenças. Quando chegam a abandoná-las, experimentam a mesma dor
que sentem aqueles que perdem as suas mais queridas posses.
Entretanto, por mais queridas que
sejam as crenças – são somente crenças. Elas não são uma base firme sobre a
qual se possa construir uma nova vida.
Agora que retornei para si, por intermédio
do Canal destas Cartas, estou a fazer novamente todo o esforço possível –
dentro dos parâmetros da sua percepção humana – para descrever a Realidade –
sua Fonte do Ser – a qual iniciou o universo e a existência em si.
Exactamente como há dois mil anos,
eu vim agora através do Canal destas Cartas, estabelecer as bases da futura
evolução espiritual durante o próximo milénio. O seu desenvolvimento espiritual
só pode surgir das suas mais profundas percepções e da compreensão da natureza da
existência e... “DAQUELE”... QUE O TROUXE PARA A EXISTÊNCIA.
Pois o que claramente percebe cria
as condições nas quais vive.
A humanidade, por não ter
compreendido as suas verdadeiras origens espirituais, está constantemente
envolvida em guerras, gerando condições terrenas que são uma desgraça para a
consciência humana, além de uma fonte de todo o tipo de sofrimento.
Por essa razão, estou ENVIANDO –
IRRADIANDO – O PLENO PODER DE MINHA CONSCIÊNCIA CRÍSTICA, a fim de trazer para si
a VERDADE da EXISTÊNCIA na forma de uma terminologia moderna e compreensível. Quero
capacitá-lo a construir uma nova consciência e compreensão da “Verdade” que lhe
foi transmitida por tradição.
Com o uso e a compreensão, a terminologia
despertará em si a mesma – ou ainda maior – reverência, amor e percepção
espiritual que sentia antes, ao utilizar a palavra “Deus”. Esta terminologia
mais apropriada, carregada de significado universal, preenchê-lo-á com o poder
espiritual quando utilizar e visualizar o significado das palavras.
Estou aqui para lhe dizer que,
quando tiver purificado a sua consciência dos grosseiros pensamentos e
sentimentos humanos, próprios dos impulsos do ego, e perseverar na meditação e numa
elevação da sua consciência em direcção ao Universal, começará a sentir o poder
espiritual a invadir a sua mente e, finalmente, todo o seu corpo.
Assim, os meus ensinamentos são
dirigidos exclusivamente para ajudá-lo a abrir a sua consciência para a nova
vida, a vitalidade e o poder espiritual, a fim de que possa abandonar a sua
velha maneira de viver, limitada e insatisfeita, e encontrar uma nova fonte de
alegria interior e de satisfação para cada uma das suas necessidades.
Reflita sobre esta afirmação: eu não
trouxe nenhum “deve” ou “não deve”, ou restrições frustrantes que você, – você
mesmo, – não queira impor a si mesmo. Certamente eu vim para dizer como as suas
“formas de consciência” têm vida por si mesmas e no fim manifestam-se no seu
mundo. Porém, deixo ao seu bom senso escolher os pensamentos saudáveis, os actos
amorosos e o caminho correcto que leva à alegria e à realização, quando tiver
compreendido a verdadeira natureza da criação.
Vim também, com a plena força de meu
Poder Crístico, para que possa perceber que não há barreira entre si e... “AQUELE”...
QUE O TROUXE PARA A EXISTÊNCIA – somente há as que você mesmo criou por ignorar
as Leis da Existência.
Vim para ajudá-lo a remover as
barreiras, iluminando a sua ignorância actual e ensinar a abrir a sua
consciência, todo o seu ser, ao influxo DAQUELE QUE O TROUXE PARA A EXISTÊNCIA.
Portanto, REPITO: as minhas instruções
são dirigidas exclusivamente para o ajudar a abrir a sua consciência para uma
vida, uma vitalidade e um poder espiritual renovados, para que possa abandonar o
seu antigo modo de vida limitado e insatisfatório e encontrar uma nova fonte de
alegria interior e de satisfação de cada uma das suas necessidades. Eu espero,
com o Amor Divino, que alcance este supremo estado de ser, antes que passe para
a próxima dimensão, a fim de que a sua passagem possa ocorrer sem sofrimento e a
sua transição seja sublime. Este é o único propósito que motiva estas
Cartas.
A afirmação acima é um modo mais
forte e poderoso de dizer por outras palavras o que eu disse quando estava na
Terra: “Busque primeiro o Reino dos Céus, e todas as coisas boas ser-lhe-ão
dadas em acréscimo”. Não fiz esta afirmação para convencer as pessoas a serem
“boas”. Anunciei um facto da existência.
É preciso que compreenda, completa e
claramente, que... “AQUELE”... Que você chama de “Deus”, e a que me refiro como
“O UNIVERSAL”, não possui nenhuma das características humanas que LHE são
atribuídas pelas muitas religiões. As características humanas de raiva, ameaças
e castigos, por exemplo, pertencem somente à condição humana.
Digo novamente: Eu, o CRISTO, desci
para ditar estas Cartas expressamente para livrar a sua mente das antigas “imagens
formadas com palavras humanas”, cunhadas pelos profetas. É minha firme intenção
substituí-las por descrições do PODER – da CONSCIÊNCIA UNIVERSAL – a qual
realmente cria, move-se e apoia o universo visível e todas as demais dimensões
para além da sua percepção e compreensão actuais.
Também estou aqui para contar que
estes outros universos e dimensões abrir-se-ão e estarão acessíveis à sua
consciência quando o conhecimento traçado nestas Cartas for absorvido e se converta
na própria matéria da sua consciência individualizada.
Finalmente, a morte significará uma
feliz transição de uma dimensão de existência limitada para outra mais luminosa
e poderosa. Quando estiver adequadamente purificado espiritualmente, saberá que
está maduro para emergir da cápsula do corpo; e sairá, aliviado por estar livre
das limitações físicas, para entrar numa dimensão de amor, beleza e maravilhosa
existência.
Perceberá a morte como ela pode ser –
o que realmente é para as almas iluminadas, – uma gloriosa transição – um
presente de vida maior, de grande criatividade, e uma experiência de “ser
extasiante” como nunca sonhou.
Também quero deixar claro que muitas
e muitas pessoas acreditam que podem viver uma vida frutífera e realizada, seguindo
milhares de diferentes mestres do “pensamento positivo”. Mude a sua consciência,
dizem eles – e mudará a sua vida. Isso é verdade até certo ponto. Porém, para os
buscadores que estão em evolução espiritual tal mudança de consciência ainda
deixa certa aridez de espírito e um anseio de algo mais.
Este “algo mais” que a alma anseia é
o verdadeiro contacto e reunião com a sua FONTE DO SER. Pode ser que alcance
certo crescimento espiritual por seguir o caminho de só perceber o bem, o
verdadeiro e o amoroso. Porém, permanecerá a ser uma entidade a funcionar
sozinha no seu próprio lugar, ligada à Terra e não assistida pelo Universal,
infinito e eterno. Uma vez que compreenda a natureza do Universal e volte os
seus pensamentos para fazer realmente contacto com Isso, dar-se-á conta de que
já não está sozinho – que está a ser sustentado pela Realidade, a qual sustenta
o Universo.
E quando digo “fazer verdadeiro
contacto com Isso”, significa que, quando está a fazer a oração suplicante para
receber este ou aquele benefício, não está a fazer um verdadeiro contacto com a
sua FONTE DO SER.
Certamente a Fonte do Ser recebe a
oração, e frequentemente obtém-se uma resposta rápida que satisfaz a
necessidade, inclusive tal como foi pedido. Porém, o verdadeiro contacto com a
Fonte de seu Ser será experimentado somente quando tiver purificado suficientemente
a sua consciência do impulso grosseiro do ego humano e quando tiver passado
algum tempo a meditar e “estendendo” regularmente a sua consciência, de maneira
emocionalmente poderosa, em direcção à Fonte, buscando conexão, renovação e
repouso do espírito.
Este é o verdadeiro propósito por
detrás da existência. Uma constante e mútua reciprocidade de comunicação entre
a Fonte de todo Ser e a criação.
Aqui lembro-lhe que, quando eu vivia
na Terra, todos os dias dizia aos Judeus, com muita clareza, que: “por mim
mesmo, não posso fazer nada”. Continuamente declarava que “é o Pai quem faz o
trabalho, não eu”.
Eu vim neste tempo para o capacitar a
fazer a sua transição de uma consciência humana presa à Terra para uma
consciência de iluminação, quando a pessoa sabe que finalmente conhece a
Verdade do Ser.
Sem dúvida, a pessoa que é
profundamente religiosa, permanentemente doutrinada com o dogma religioso e a
teologia – Judia, Cristã, Muçulmana, Hinduísta ou qualquer outra crença
religiosa, encontrará dificuldade, – inclusive dolorosa – a princípio, para
aceitar e fazer bom uso destas Cartas, pois uma mente condicionada e programada
é como concreto (NDR: cimento). As crenças entranhadas e usadas como talismãs,
apoio emocional e como afirmações para dar força em momentos de crise – são
emocionalmente gravadas no subconsciente. Normalmente incorporam um temor de
“ofender a Deus”, ao contemplar e avançar para uma Verdade mais elevada. A
menos que haja um anseio sincero de conhecer a VERDADE do SER para além das
crenças tradicionais, estes padrões mentais tornam-se quase impossíveis de
aniquilar na mente e nas emoções e bloqueiam o verdadeiro progresso espiritual.
Vim expressamente para ajudar os que
têm vontade de se mover para além destas barreiras em direcção à iluminação
verdadeira. Portanto, se sente, intuitivamente, que as palavras nestas páginas
são a VERDADE e se se sente atraído por elas, tenha confiança de que está pronto
para começar o caminho espiritual que se esboça nestas Cartas. Eu estou à
disposição para lhe dar a coragem para seguir adiante até alcançar a meta, – a
verdadeira iluminação espiritual, a renovação da vida, a força de vontade e a
descoberta do que eu chamei de o “Reino dos Céus”.
Diariamente, a oração e a meditação
sincera permitir-lhe-ão alcançar a purificação mental, e, gradualmente, a
VERDADE e a COMPREENSÃO substituirão os antigos mitos que foram tão importantes
para si algum dia.
Antes de começar os ensinamentos que
se seguirão, Eu, o CRISTO, tenho que o lembrar de que o seu universo não é
sólido. Como provavelmente já sabe, de acordo com os seus cientistas, a “matéria”
sólida, a substância visível do mundo, é de facto composta de partículas de
energia. A VERDADE do SER da sua dimensão terrena repousa sobre esta realidade fundamental
da criação. Para compreender os meus ensinamentos referentes à Verdade do Ser é
necessário captar este “aparente vazio” fundamental, subjacente a todo o seu
mundo criado.
A maioria de vós conhece este facto da
existência de maneira intelectual, mas isso não foi ainda nem remotamente
filtrado pela vossa consciência para vos dar uma nova perspectiva do mundo e da
existência em si mesma. Como vêm fazendo há milénios, continuais a pensar que o
vosso mundo é sólido e que as condições do corpo e de todo o fenómeno externo
estão fora do vosso controle. Acreditais que sois vítimas da existência e as
vossas vidas diárias reflectem esta crença. Entretanto, a verdade é o contrário.
Portanto, é absolutamente necessário
para mim retornar para vos ajudar a avançar em direcção a uma percepção mais
elevada da Verdade.
Como disse na Carta 1, depois da
iluminação no deserto eu voltei ao meu mundo de cidades e vilas da Palestina e comecei,
imediatamente, a controlar os “elementos da matéria”, nos lugares onde vi necessidade
de ajudar os que estavam em privação ou sofrimento.
Vim para vos mostrar exactamente por
que pude fazê-lo.
Como revelei na Carta 1, durante o
tempo em que recebi plena iluminação no deserto foi-me mostrado que a “matéria”
não era realmente sólida. Não me foi dado entender exactamente como as
partículas eléctricas, que chamei de “cintilar de partículas”, tomavam a
aparência de “matéria” visível. Eu sabia simplesmente que essas “partículas” moviam-se
em altas frequências de velocidade no interior da “MENTE DE DEUS”, e que a
“MENTE DE DEUS” era universal.
Eu percebi que a “MENTE DE DEUS” era
tanto o criador – como a substância – de todas as coisas na Criação em si. Disso,
eu estava absolutamente seguro.
Também “vi” muito claramente que o
pensamento humano, quando carregado de convicção ou emoção, afectava
radicalmente esse processo de materialização de formas visíveis.
Portanto, a mente humana podia
interferir – e de facto fazia isso – na verdadeira intenção da “MENTE DE DEUS”.
Esta foi uma compreensão emocionante
e entusiasmante, pois percebi que os mitos que os rabinos Judeus me ensinaram
eram claramente falsos, e imediatamente os eliminei de minha mente. Abracei a
verdade com entusiasmo, pois compreendi por que é que as pessoas experimentavam
a miséria e o sofrimento. Isso emanava dos seus próprios processos de
pensamento.
Também me foi dado “ver” as
“comunidades de partículas vivas”, que a ciência chama de “células” a trabalhar
dentro de todo o ser vivo. Eu estava consciente da Harmonia Divina a controlar
o funcionamento das células, as quais activamente construíam e mantinham as
distintas partes dos corpos físicos de todas as criaturas vivas e das plantas,
grandes e pequenas. Por esta razão, utilizei frequentemente a paisagem para dar
exemplos da imanência e da actividade do “Pai” nas menores manifestações da
vida selvagem – como nas plantas e nos pássaros, por exemplo.
Como expliquei com clareza nas Cartas
de 1 a 3, chamei a “MENTE DE DEUS” de “Pai” porque pude “ver” – perceber – a
verdadeira natureza da “MENTE DE DEUS”. Eu estava seguro de que retornando ao
povo da Palestina para descrever as revelações que havia recebido, eles
compreenderiam que suas crenças, as quais tinham sido gravadas nas suas
consciências pelos rabinos, eram completamente falsas.
Eu vi que a verdadeira natureza da “MENTE
DE DEUS” era a forma mais elevada do Amor Divino e que isso podia ser visto
consistentemente activo em cada ser vivo.
Como disse anteriormente, esse
conhecimento permitia-me fazer “milagres” e controlar os elementos onde fosse
oportuno e necessário.
Assim como me dediquei a explodir os
mitos que aprisionavam as mentes dos Judeus da Palestina, agora anseio mostrar-vos
que muitas das teorias propostas pelos vossos cientistas surgiram como uma
forte reacção aos dogmas e doutrinas da Igreja anos atrás.
Para compreender esta afirmação deve
perceber que, antes do tempo de Darwin, quando várias Igrejas Cristãs tinham a
mente do povo sob o seu domínio, era geralmente aceite que o Universo havia
sido criado exactamente como estava escrito no Génesis do Velho Testamento
bíblico. Quando os homens da ciência tentaram anunciar as suas descobertas e
teorias, foram obrigados a descrever as suas novas crenças na presença de uma enorme
oposição religiosa. Em consequência, eles acreditaram ser necessário utilizar grande
parte da sua energia mental para provar que as afirmações dos Profetas eram
erróneas.
Mas ao fazerem isso, essa estratégia
causou a perda da sua clareza de visão, e eles tornaram-se impulsionados pelo
ego. Daí em diante, qualquer percepção intuitiva que fosse proposta por alguém
da comunidade científica era ridicularizada, rejeitada e posta de lado por
outros cientistas. Por causa desse clima mental, o pêndulo da investigação da
“Verdade” oscilou exclusivamente para a invariável crença na razão e na lógica,
aprisionando o intelecto humano no materialismo, ao buscar as respostas acerca
das origens da vida e da existência.
Assim, é-me absolutamente necessário
refutar algumas “teorias científicas” e mostrar que são tão erróneas quanto as
chamadas “verdades” da Doutrina Cristã. Ao chegar a algumas destas “teorias”,
tanto os cientistas como os homens da Igreja têm mergulhado no reino de
absurdas suposições não provadas, para responder a perguntas que não poderiam
ser respondidas somente com a mente terrena.
Mesmo tendo a ciência relatado que a
substância do vosso mundo material é composta basicamente de partículas eléctricas
que estão em movimento com grande velocidade no “espaço”, ela é incapaz de
explicar “por que” tais “partículas de energia” tomam a forma e a densidade da “matéria”.
Ela apenas afirma que existem forças de fusão que casualmente criam os elementos.
A ciência não lhe pode dizer a si
qual é a “Força de Motivação” que atrai as partículas que formam os elementos.
A ciência tampouco pode explicar de
onde vêm, originalmente, tais partículas de energia. Apenas afirma que foram libertadas
durante o Big Bang, o qual, acreditam, deu o primeiro impulso para a criação.
Porquê um repentino “Big Bang”? – Do quê? Qual foi o Factor de Motivação por
trás dele?
A ciência fala de electromagnetismo,
porém não pode dizer de onde vêm tais energias que aparecem e desaparecem. Para
onde vão? Por que vão? De uma perspectiva humana, não parece haver actividade
inteligível dentro ou por trás deste trabalho.
A ciência diz que o electromagnetismo
“simplesmente é” – um simples facto da existência – ainda que produza um
trabalho altamente inteligente e intencional, sob a forma de milhões de biliões
de substâncias das quais é feito o Universo. Como acontece isso?
Não há nada que o electromagnetismo
tenha tornado visível, que a mente humana possa considerar como sem propósito
ou sem significado.
A ciência ignora este mais básico e
vital nível da criação. Sem uma resposta para o porquê tudo o que é trazido
para a manifestação visível, através da actividade das energias gémeas do electromagnetismo,
que tem sempre um propósito, tem êxito e é racional – nada de valor se
descobrirá na busca das suas origens.
Até que a ciência possa testar e
descobrir a “Realidade” do “espaço” no qual as partículas eléctricas do “ser
visível” estão apoiadas, a ciência ficará sempre por trás das portas fechadas do
materialismo. O acesso à Verdade eterna e à sabedoria universal estará sempre
bloqueado e ela permanecerá encerrada unicamente dentro das amarras da razão –
razão esta que é somente o produto da actividade finita das células do cérebro.
É a verdadeira natureza do ESPAÇO o
que eu quero apresentar-lhe – porém antes de o fazer, devo primeiro chamar a sua
atenção para perguntas altamente pertinentes.
Através dos tempos, muito do
trabalho do electromagnetismo tem aparecido à mente, à visão e ao tacto das
entidades vivas como alguma coisa sólida e imutavelmente durável.
Acreditava-se que o metal, a
madeira, a rocha, as entidades vivas, todas eram compostas de “matéria” sólida,
inanimada ou viva. Com tal crença num universo sólido, é natural que os antigos
profetas místicos tenham concebido um “Indivíduo Poderoso”, possuindo o enorme
poder de criar todas as substâncias sólidas do universo. Ao visualizar tal “Indivíduo
Poderoso”, era natural que eles percebessem uma figura “Majestosa” de controlo
universal, que possuía uma natureza de retribuição quando confrontada com o
comportamento da humanidade, a qual havia produzido uma sociedade turbulenta.
Nem os profetas da antiguidade, nem
a ciência de hoje, se aproximaram da Verdade da Existência. Ambos têm passado
longe da Verdade.
A ciência diz que a vida começou
quando, de uma maneira inexplicável, uma combinação correcta de reacções
químicas produziu uma molécula capaz de fazer cópias de si mesma, provocando
mais reacções químicas. Tal descrição da enorme e abundante complexidade e
poder da FORÇA da VIDA como sendo perceptível porque é “capaz de se duplicar a
si mesma” revela o empobrecimento básico da percepção e do pensamento
científico que produziu tal teoria!
Além disso, permanece sem ser
questionada cientificamente a sugestão de que a combinação de elementos
químicos “inanimados”, que se reuniriam de modo específico – acidentalmente, –
poderia produzir tão assombroso resultado de “auto duplicação”.
Isso ocorre por que a mente humana
finita, e mesmo o pensamento científico, não podem lidar com um acontecimento
tão estranho como a “auto duplicação” espontânea.
Isto é por demais sugestivo de um
acontecimento mágico – de alguma intervenção de uma fonte inimaginável, a qual
os cientistas não ousam considerar por medo do ridículo.
Este “consenso de cordeiros” é
considerado mais científico do que produzir teorias “inspiradas”, as quais são
bloqueadas pelas leis materialistas que a ciência estabeleceu para si mesma.
Este bloqueio ao progresso científico futuro impedirá que a ciência investigue
devidamente o reino da mente e do espírito, até que algum cientista iluminado desafie
as convenções e se atreva a cruzar as fronteiras entre “o que é visível e o que
é invisível”.
Se os profetas de antigamente
tivessem sido presenteados com a teoria da Auto duplicação molecular, não
teriam nenhuma dificuldade com tal “acontecimento mágico” e diriam que “Deus”
fez as combinações químicas e as impregnou com vida. Porém, esta também não é a
explicação correcta.
Este antigo conceito religioso de um
“Deus no alto”, “criando de longe”, é o que impede o cientista de avançar na
direcção de reflexões espiritualmente mais conscientes.
Portanto, apesar de a ciência
parecer emancipada das velhas doutrinas, continua mentalmente atada e obstruída
pelos temores de velhas proibições como no século dezanove. Ela adopta as suas
ridículas teorias porque ainda não percebeu a “Realidade” de Nossa Fonte do
Ser, por trás e dentro da molécula viva.
Continuando a sua história da
Criação, a ciência afirma que depois da “auto fabricação” de moléculas vivas
capazes de se duplicarem a si mesmas, elas “constituíram a si mesmas” numa
célula viva (tão pequena que não se pode ver a olho nu), e esta tornou-se o
material de construção básico para toda a multiplicidade de organismos vivos,
incluindo as plantas, os insectos, os répteis, as aves, os animais e o próprio
homem. Assim, todos os seres vivos teriam um antepassado em comum – a primeira
molécula viva.
A ciência não pode explicar por que
as moléculas auto duplicantes se combinaram para formar uma célula viva. Isso
continua a ser um mistério para a ciência até hoje.
A célula viva, segundo diz a
ciência, reproduz-se indefinidamente em biliões de biliões de formas diferentes.
Esta é a base para a construção do universo visível. Como pode ser isso? Que
impulso motiva tal duplicação? A ciência não o pode dizer.
Entrincheirada na sua própria
cegueira, tem-se limitado, – e as pessoas com ela, – a uma cegueira materialista.
E agora – a primeira célula viva
merece a plena atenção de qualquer um que esteja a buscar seriamente a dimensão
espiritual e a “Fonte Principal da Existência” – porque a primeira molécula
viva e a primeira célula viva são a primeiríssima evidência de alguma actividade
inteligente dentro da “matéria” – dentro do Universo.
O primeiro traço a mostrar sensatez
e sensibilidade é a função da membrana que envolve a célula, fornecendo protecção
e individualidade. Pense neste fenómeno “milagroso”. A célula só absorve do
ambiente o alimento seleccionado através da membrana. Não só absorve o alimento
correcto, como depois de se nutrir ainda elimina o resíduo através da membrana
permeável.
Deve perguntar a si mesmo: como pode
a membrana “puramente física” da célula, invisível a olho nu, “distinguir e
seleccionar” o alimento correcto objectivando aumentar o seu bem-estar e ter
suficiente discernimento para se desfazer da matéria tóxica não desejada?
Não vê um alto grau de propósito em
toda esta actividade? Acredita que este propósito seja acidental?
E o PROPÓSITO não é a grande marca
da inteligência?
E mais: a membrana da célula continua
a fazer esse trabalho de seleccionar o alimento e descartar a matéria tóxica,
em biliões de biliões de diferentes circunstâncias e condições relacionadas com
a sobrevivência de diferentes espécies, em diversos ambientes. Isto não é a
evidência do PROPÓSITO que se mostra dentro de cada acção de cada espécie,
sejam insectos, plantas, répteis, aves, animais ou seres humanos?
Não seria possível descrever o
universo como o consistente e constante IMPULSO do PROPÓSITO tornado visível no
reino da “matéria” visível?
O espírito do PROPÓSITO é um
elemento físico, – ou um elemento da “consciência”?
E se pode aceitar que o PROPÓSITO é
um impulso inegável de criatividade por trás da EXISTÊNCIA, então pode passar para
a próxima percepção: o seu universo é a manifestação visível de “uma EVOLUÇÃO
INTELIGENTE de causa e efeito” evidente na “matéria” viva. Pois se a célula
viva pode seleccionar o alimento correcto e também eliminar o resíduo tóxico –
esta simples actividade demonstra um conhecimento da necessidade de digestão e
de eliminação de tal resíduo para assegurar a contínua saúde da célula. Isto
não é uma clara indicação de uma EVOLUÇÃO INTELIGENTE de “Causa e Efeito”?
E mais – a Ciência diz que a célula contém
um “núcleo” que poderia comparar-se ao cérebro humano, uma vez que transmite
mensagens, e a sua mais importante função é a de armazenamento de informação –
a “livraria” que contém não somente os detalhes que se relacionam com uma
célula, mas também os do corpo inteiro no qual ela reside!
O facto é que ao investigar a célula
a ciência descobriu que esta, em si mesma, parece ser um sistema de “mensagens”
químicas, transmitidas de um modo proposital, inteligente e inteligível. Como é
que isso poderia acontecer se as origens das moléculas da célula fossem apenas
elementos químicos inanimados? Poderia duvidar de que por trás de cada “mensageiro
com uma mensagem a transmitir”, há um pensamento inteligente ou consciência? E
o que pensar da precisão das mensagens transferidas de célula para célula para
assegurar a precisão da duplicação exata de certas espécies durante milhões de
anos?
Em que momento da criação a
“consciência” entrou nos organismos vivos? E como foi que o pensamento
inteligente, que considera e decide, chegou ao campo da matéria inanimada
inconsciente?
Sem a consciência inerente, como
pode ocorrer tanta actividade informada e informante numa célula que é invisível
a olho nu? Tal actividade não é o produto da consciência/conhecimento,
demonstrando a presença de vida “inteligente” no seu aspecto mais básico?
Uma simples célula viva em forma de
bactéria pode mover-se sozinha e viver a sua própria vida especializada e
excitante no ambiente – ou – como um vírus, realizar o seu trabalho
especializado e mortal de atacar alvos específicos nos organismos vivos. Por outro
lado, a célula pode estar fixa num organismo, a realizar o seu trabalho
altamente importante de construção e de manutenção de alguma parte do
organismo. Tal trabalho produz “matéria viva” precisamente adequada – e
necessária – ao órgão vivo sobre o qual trabalha, sejam partes do corpo humano ou
de vida animal, ou vegetal, tais como os dedos dos pés do ser humano e o baço,
ou a pele do animal e as presas, ou as escamas do peixe e a plumagem das aves,
ou a copa das árvores e as folhas nos ramos, ou as pétalas das flores, ou as
antenas das mariposas e suas asas diáfanas, a pele do réptil, dos crocodilos e
seus dentes e os olhos da lula que mudam de cor segundo a sua necessidade de
camuflagem.
Cada um destes fenómenos físicos
completamente diferentes, e aparentemente não relacionados, foi criado pelo
trabalho especializado e individualizado de biliões e biliões de células vivas
idênticas.
Ao contemplar a grandeza e a
diversidade do trabalho realizado por uma simples célula viva e invisível a
olho nu, – pode acreditar num universo mecanicista?
Seria possível fazer tudo isto se a “matéria”
produzida por tais células fosse ilógica, sem nenhum objectivo razoável e sem
nenhuma razão para a sua existência – desprovida de consciência pessoal?
Este não é o caso. Estas células vivas
idênticas trabalham juntas em harmonia dentro do homem ou do animal, para fazer
um fígado com as suas múltiplas funções no corpo; para criar um olho complexo
que tem o seu propósito específico de pôr o organismo em contacto directo e
inteligente com o seu ambiente, incorporando a ajuda do cérebro; para fazer
ossos fortes, expressamente desenhados em conjunto com tendões e músculos, para
se unirem a outros de maneira tão conveniente que permitem o pleno e ágil
movimento do organismo.
Além disto, as células nunca
interferem no trabalho de outras células.
Ao criarem um rim, não fazem de
repente uma orelha.
Ao criarem cabelo, não se lançam
subitamente a fazer pele. Não, as células criam o couro cabeludo e as
mesmíssimas células criam o cabelo. A única diferença entre as células da pele
e as do cabelo é o trabalho que realizam, segundo após segundo, durante toda
uma vida. Por quê?
Qual é o “Factor Motivador e
Inspirador”? Acidente?
Que inteligência organizadora pôs em
movimento todo o processo de criação, desde o nível mais fundamental de
formação de simples elementos a partir de partículas eléctricas livres no
“espaço”, até: a combinação de elementos para formar substâncias químicas, a
combinação correcta de substâncias específicas para formar uma molécula viva, a
combinação correcta de moléculas vivas para fazer uma célula viva, que pode
receber alimentos, eliminar resíduos, construir segundo especificações claras,
deslocar-se e sustentar conscientemente esse enorme edifício da criação através
de biliões de anos?
Qual é a “Força Motivadora” que
concebeu e fez evoluir com sucesso nos sistemas vivos as entidades vivas, biliões
e biliões de maneiras diferentes de fertilizar as sementes de todo o tipo –
sejam as das plantas, dos insectos, dos répteis, das aves, dos animais ou dos seres
humanos, desenvolvendo para cada um deles um sistema inteligente de procriação,
adequado às condições climáticas e à produção de vegetação no ambiente, a fim
de assegurar a sobrevivência?
A SOBREVIVÊNCIA não é também uma evidência
de actividade com propósito inteligente?
Ao cumprir-se esta grande façanha de
criatividade, não deveria perguntar-se como é que cada espécie viva tem a sua
própria maneira individual de criar a sua prole e de protegê-la de todo o possível
perigo, até que seja capaz de SOBREVIVER sozinha? Isto não é um activo AMOR
PELA CRIAÇÃO na sua forma mais elevada?
Você não pode sair desta análise
sobre o que tem a inteligência humana a dizer a respeito das origens da vida e
da criatividade, sem que se mencionem “as importantíssimas moléculas de DNA” –
sobre as quais se diz que levam o “projecto” de todo o organismo – planta ou bebé.
Estas moléculas de ADN dão as instruções às células, informando o que elas
devem construir de acordo com os cromossomos depositados pela semente.
Em lugar da inteligência – a ciência
ofereceu as moléculas de ADN e as células frágeis da matéria como a fonte de
existência, seu líder supremo, seu director de criação, das quais toda a
criação deve depender para sobreviver. Contemple o glorioso ADN – Senhor da sua
criação! De onde tiraram as células de ADN os seus inteligentes poderes direccionais?
A ciência já está satisfeita, agora
que é capaz de explicar de maneira razoável por que as diversas espécies de
todo o tipo se reproduzem com tanta precisão e consistência. A ciência quer que
acredite que vive num universo puramente mecanicista, que o fenómeno da
evolução surge puramente de mutações casuais e da “sobrevivência do mais apto”.
Se estudar os diversos organismos da
criação, as múltiplas e diferentes actividades de espécies relacionadas, poderá
verdadeiramente acreditar num conceito materialista tão pouco provável?
Não é uma mera coincidência que hoje
várias pessoas criativas empreendem viagens difíceis para explorar, determinar
e fotografar os lugares em que vivem as criaturas selvagens e as plantas silvestres,
a fim de permitir descobrir a imensa inteligência por trás da criação. Você é
entretido e instruído, por um banquete de factos e fotografias, sobre as
maravilhas do seu universo.
Durante o meu tempo na Terra não
tive tais maravilhas às quais me referi, para ensinar aos Judeus a universal
Verdade da Existência. Eu tinha somente os animais domésticos e as aves para
usar como exemplos da maravilhosa inventividade, inteligência e consciência, aparentes
em todo o ser vivo. Em nenhuma parte do evangelho foi escrito que eu me referia
ao Alto e Poderoso Jeová como Criador, como era o costume dos líderes Judeus.
Não. Eu recorri ao campo, às flores e às aves e procurei ensinar aos meus
compatriotas que eles estavam rodeados por uma criação milagrosa e maravilhosa.
Há dois mil anos, na vossa dimensão, faltava-nos o vosso actual conhecimento
científico para observar e explicar de maneira inteligente a actividade que eu
chamava o “Pai”, em tudo o que se encontra ao seu redor.
Para descobrir a sua verdadeira
FONTE do SER, peço-lhe que avalie a inimaginável e indescritível complexidade e
diversidade de trabalho intencional, claramente evidente nos pinguins e nos
porcos. A mente humana pode reproduzir qualquer das actividades mais básicas no
sistema digestivo, por exemplo, que rapidamente reúne as enzimas requeridas e
os hormónios necessários para a digestão?
Como é que a mente finita, que é
incapaz de perceber claramente o verdadeiro processo criativo governado pelo
conhecimento instintivo, ousa declarar explicitamente, – desafiando a
contradição – que compreende as verdadeiras origens da criação e as forças que
deram forma à criação? Que arrogância! Estes homens só podem pensar segundo o
que dizem os seus olhos.
Vejo a ignorância científica actual
com compaixão amorosa, com certo grau de divertimento e um grande desejo de
alfinetar o seu orgulho, pois, enquanto alguém não questionar a sua auto satisfação
e posição de infalibilidade, o verdadeiro casamento entre as Eternas Verdades e
o conhecimento científico humano não poderá acontecer. Porém terão que o fazer,
ou a evolução espiritual humana ficará paralisada.
Os cientistas têm a mente
excessivamente cheia de conhecimento livresco “especializado”, de fórmulas e
equações aceites, e têm também uma grande necessidade de aprovação e
reconhecimento dentro da comunidade científica, o que impede a penetração
mística de Inteligências Mais Elevadas.
Peço aos leitores destas Cartas que
formem uma associação para, em meu nome, desafiarem a Ciência e perguntarem: Em
que momento da evolução do “mundo material” a CONSCIÊNCIA foi percebida pela
primeira vez?
Repito, e digo isto seriamente:
perguntem ao cientista em que momento da evolução do mundo se percebe, pela
primeira vez, a “consciência”?
Na célula viva?
Se a resposta for a célula viva,
perguntem se a consciência já era perceptível nas moléculas vivas, que se combinaram
para formar a célula, e se envolverem numa membrana tão inteligentemente
desenhada que permitia o consumo de alimento seleccionado e o descarte de
resíduo tóxico. Como é que ela reconhecia o resíduo tóxico? E se se aceitar que
a consciência poderia estar presente nas moléculas vivas, não seria necessário
perguntar se as propriedades químicas que formaram uma molécula viva não teriam
possuído, elas mesmas, a “consciência” que, finalmente, as impulsionou e projectou
numa combinação viva para formar uma molécula? E tendo retrocedido até este
ponto nas origens da existência – as propriedades químicas – ainda seria
necessário perguntar por que a consciência deveria tornar-se uma presença
viável somente dentro das substâncias químicas – por que não nos elementos nos
quais a individualidade tomou forma pela primeira vez? E se se aceitar que ela
estaria nos elementos, por que se deveria negar que a “consciência” impulsiona
as partículas eléctricas para formar os elementos? É racional negar tal
possibilidade?
E tendo chegado a tal possibilidade,
não se deveria ir mais longe e perguntar de onde vem o electromagnetismo? Qual
é a “realidade” da electricidade, para além dos raios de luz intensos agora
descritos pela ciência como fótons e elétrons? E qual é a “realidade” do
magnetismo para além das energias gémeas de “ligação e rejeição” – estes
impulsos de energia que trouxeram a estabilidade e ordem ao caos?
Perguntem à Ciência: “De onde vem o
electromagnetismo, que é responsável pelos passos mais básicos na criação de um
universo organizado e disciplinado, de uma complexidade e diversidade
impossível de imaginar?” Tentarei agora explicar, com palavras vossas, AQUILO
que está além das palavras e, neste momento, além de toda a “compreensão
terrena individualizada”. Por isso, ainda que o intelecto ajude o cérebro a
compreender as realidades espirituais que lhe estou a expor, também cria uma
barreira à verdadeira percepção e experiência espiritual.
Por esta razão, considere as
referências à DIMENSÃO UNIVERSAL FINAL como simples proposições – ideias,
vislumbres de “formas resumidas de consciência” da REALIDADE por trás e dentro
do seu universo. (Leve cada uma destas ideias – uma a uma – à meditação).
O que estou a querer explicar está
inteiramente na CONSCIÊNCIA e é da CONSCIÊNCIA, sem parâmetros, nem fronteiras.
Se está suficientemente evoluído espiritualmente para me seguir até aqui, para
além das palavras, começará a compreender “espiritualmente” tudo o que tenho
tentado dizer. As palavras guiá-lo-ão para novas “visões do ser” que serão
abertas em seguida.
Persevere! A LUZ, gradualmente,
talvez imperceptivelmente, penetrará na sua mente e terá pequenas aberturas da
visão interior.
São muitos os que experimentaram um
pequeno “clarão de visão interior”, os que brevemente sentiram um toque da
“Consciência Divina” e logo, sem ousarem continuar a crer no momento
transcendente do seu despertar, começaram a questionar, duvidaram e finalmente
dispersaram o pequeno influxo da “Consciência Divina”. Cuide para não fazer o
mesmo. A incredulidade atrasá-lo-á, prendê-lo-á no plano da existência material
mais do que pode imaginar.
Seja o que for que lhe seja dado, e
que seja capaz de receber – apanhe rapidamente e não duvide.
A dúvida destrói o progresso firme,
porque cria as suas próprias “formas de consciência”, as quais suprimirão e
mesmo erradicarão a visão interior que tenha alcançado anteriormente.
Portanto, a sua escolha de
pensamentos, – convicção ou incredulidade, dúvida ou fé – constrói ou destrói o
seu progresso na busca da VERDADE.
Qualquer negação apaga da sua
consciência o progresso que tenha conquistado. Além disso, quanto mais alto
você ascender na verdade espiritual, mais poderosos se tornam os seus
pensamentos.
Assim sendo, crie e mantenha
firmemente o seu próprio impulso espiritual e não permita que ninguém interfira
e enfraqueça esse impulso. Mantenha-se firme nas suas percepções anteriores. Em
tempos de dúvida, navegue com pensamentos positivos usando afirmações
iluminadoras, agarrando-se às orientações inspiradoras prévias e recordando-se dos
momentos em que as suas vibrações de frequências de consciência estavam mais
altas. Usando a força de vontade, escolhendo afirmações que contenham “pepitas
de ouro” de Verdade espiritual, retorne uma e outra vez a este nível mais
elevado de consciência. Não se renda por preguiça mental aos altos e baixos das
energias espirituais da consciência, nem se converta numa “gangorra”
espiritual. Enfatizo fortemente esse perigo de Auto obstrução. Torne-se activamente
consciente dele. Se conhece algo das narrações da minha vida na Palestina,
lembrará que eu também sofri o fenómeno dos altos e baixos da consciência
espiritual e que foi necessário retirar-me para as colinas para rezar, meditar
e renovar as minhas forças espirituais.
Portanto, compreenda os seus
períodos “áridos”, porém não lhes ceda passivamente, pois conduzi-lo-ão a uma
mudança indesejável de atitudes e padrões mentais/emocionais. Recorra conscientemente
à sua Fonte do Ser para receber nova força e para a elevação das frequências da
sua consciência, e assim essas fases negativas reduzir-se-ão enormemente em
força e duração.
Digo novamente – esteja atento para
o modo como usa a sua mente. Deixe que a sua actividade mental seja sempre
construtiva, a fim de que ela possa contribuir para seu crescimento espiritual
e não seja um contínuo obstáculo.
Após tudo o que foi dito
anteriormente e depois de ter ditado o restante desta Carta, o Canal começou a
questionar a sua possível recepção pública, porque lhe pareceu muito pragmática
para ser atraente às pessoas acostumadas a imaginar um Poder magnífico, ou Ser,
ou “Algo Totalmente Diferente” que criou o Universo.
De facto, fiz muitos esforços para
descrever a imensidão do Poder do qual todas as coisas provêm, mas como disse,
é impossível expor em termos humanos a Realidade da FONTE de seu SER.
As almas espiritualmente evoluídas,
que são levemente inspiradas pela Consciência Divina, relatam que a experiência
é completamente bela e gloriosa e inteiramente inesquecível, ainda que não
plenamente descritível em termos humanos.
Esta experiência mística é possível quando
as frequências vibratórias da mente já são elevadas, e a consciência inteira
está inundada com raios da Consciência Divina. É uma condição que envolve mais
os “sentimentos” do que o intelecto e as células do cérebro.
Nesta situação em que tenho de
inspirar a mente e as células do cérebro do meu Canal com a descrição da
Realidade de sua FONTE do SER, e ela tem que interpretá-la em palavras, preciso
ter cuidado para não interferir com demasiada força nas frequências vibratórias
de consciência nas quais estão a trabalhar as células do seu cérebro. Houve momentos
em que foi perigoso seguir adiante e assim interrompi o funcionamento de seu
computador para romper o contacto.
Antes que comecem a estudar, meditar
e a absorver estas páginas, quero primeiramente deixar claro a todos os que
lerem estas Cartas que o meu propósito com elas é, antes de tudo, dissipar os
mitos com os quais a minha personalidade humana e os meus ensinamentos foram
envolvidos. É minha intenção que o
dogma e as doutrinas religiosas finalmente morram de morte natural em todo o mundo,
do mesmo modo que desapareceram os sacrifícios de animais no Templo de Salomão.
Em segundo lugar, vim também para ajudar as igrejas a deixarem as suas
noções arcaicas de “Deus” e de “pecado”. Nenhum progresso verdadeiramente espiritual
é possível até ao surgimento de uma clara compreensão de que cada pessoa é
responsável pela maneira como desenvolve a sua vida.
Em terceiro lugar, vim para retirar da vossa mente as imagens de um “Deus Omnipotente”
de magnificência, grandeza e poder activo ilimitado, que recompensa os virtuosos
e castiga os “malvados”. Estas crenças, ainda que reconfortantes, são totalmente
erróneas.
Em quarto lugar, estou a explicar a Verdade do Ser para, finalmente,
dissipar o velho conceito de “Deus” sentado no alto, em alguma parte do céu, de
onde se diz que Ele criou o mundo e tudo o que ele contém num tempo
relativamente curto.
Em quinto lugar, vim também expressamente para ajudar a ciência a lançar a
ponte sobre o abismo entre a CONSCIÊNCIA UNIVERSAL e o surgimento das partículas
eléctricas. Sem esta ponte entre a Dimensão Espiritual Invisível e o mundo visível da “matéria”, a ciência
permanecerá paralisada nas velhas ideias e conceitos, ao invés de progredir em
direcção a novos reinos de investigação espírito/científica para o
aperfeiçoamento da humanidade.
Também vim para lhe mostrar a VERDADEIRA NATUREZA d’... “AQUELE”... QUE
LHE DEU O SER – que lhe deu a INDIVIDUALIDADE, pois sem este conhecimento, que
revelará a “natureza” de seu “ser dual, porém totalmente inter-relacionado”,
Espírito e corpo, também ficará paralisado no mesmo nível de consciência em que
está neste momento.
Quero deixar absolutamente claro
que:
“Nada vem do Nada”.
Este é um refrão bem conhecido entre
vós, que é absolutamente verdadeiro.
Entretanto, há um FUNDAMENTO do SER, eterno,
infinito e consistente – e ISSO é o
que vou revelar.
Você não foi “criado” – você extraiu o seu “ser” DELE.
Evidentemente, não poderia ter saído
de algo totalmente estranho à sua própria consciência. Estou a pedir ao meu
Canal que escolha alguns exemplos terrenos comuns e compreensíveis:
Não se pode tirar um recheio de
torta de um pote de melaço e descobrir que é carne moída.
Não se pode espremer laranja e fazer
do suco cerveja de gengibre.
Não se pode encher um balão de ar,
estourá-lo e encontrar gelatina a gotejar.
Todos os exemplos mencionados acima,
eleitos pelo meu Canal, são exemplos de lógica.
Quero que perceba que o universo
inteiro é uma manifestação de lógica e de efeitos lógicos consistentes, surgidos de relações de causalidade.
O seu universo é constituído de CAUSAS E EFEITOS tornados visíveis.
Este é um princípio inalterável da existência.
Se há casos de alterações, tais como experiências paranormais ou curas
instantâneas, a pessoa mediana fica espantada e a ciência nega-se a crer que tal
coisa seja possível. À medida que as minhas explicações se aprofundarem, compreenderá
finalmente como é que tais alterações ocorrem – de maneira lógica e eficaz. Por
outras palavras, essas alterações ocorrem segundo leis espirituais naturais e servem
sempre a um propósito necessário. Não
há nada sem sentido em nenhuma parte da criação – nem sequer numa formiga
ou mosquito – a menos que a mente de uma entidade tenha nascido defeituosa
ou tenha sido danificada.
Assim, isto é claro: você vive e opera
num universo físico que manifesta o grau mais elevado de inteligência e actividade
com propósito na criação da “matéria” em si, nos corpos físicos de todas as
entidades individuais, desde plantas até seres humanos.
Infelizmente, este alto grau de
INTELIGÊNCIA E CUIDADOSO PROPÓSITO é apenas mínimo na consciência manifestada
pelas mesmas entidades criadas, desde as plantas até aos seres humanos.
Por outras palavras, o CORPO através
do qual vive e no qual pensa, sente e realiza as suas actividades, manifesta nos
seus órgãos físicos e funcionamento, um grau de inteligência e de propósito
amoroso muito mais elevado do que o de sua consciência humana.
Os interesses humanos estão
principalmente envolvidos nos problemas da sobrevivência diária pessoal, do
desfrute dos prazeres e da satisfação física/emocional. Para conquistar estes
propósitos, a maioria das pessoas utiliza os produtos fabricados com “matéria”.
Mesmo as mentes dos cientistas não podem desvendar totalmente os segredos
ocultos da existência terrena e, apesar de todo o seu conhecimento científico, estão
tão atolados nos caminhos da existência quanto aqueles que não possuem nenhum
conhecimento.
Portanto, é uma conclusão lógica que
“AQUELE” do qual extraiu o seu ser físico é IMENSO, – não somente em tamanho,
mas também numa IMENSIDÃO de FORÇA de VONTADE: a Vontade para a auto expressão
e criatividade.
Visualize durante um momento o
tamanho do universo material, o SOL e o seu calor, a Lua, o planeta Terra e o
Sistema Solar, as galáxias de estrelas e o facto de que esta matéria visível é
totalmente interdependente, e também dependente, do movimento dos corpos
planetários e está sujeita às Leis Universais de função e movimento perpétuos. Este
vasto universo teve as suas origens no – e foi extraído do – FUNDAMENTO de seu
SER – e a totalidade da FORÇA/ENERGIA de VIDA do universo tem saído do mesmo
FUNDAMENTO do SER.
Logo, não desanime se nos meus
esforços em analisar para si os COMPONENTES ESPIRITUAIS da SUA FONTE do SER, perceber
que compreende o que estes componentes são e que possui numa medida muito,
muito limitada, os mesmos componentes espirituais da consciência em si mesmo.
Você extrai tudo o que é –
espiritual, mental, emocional e fisicamente, de sua FONTE do SER.
Antes de eu explicar como é que isto
pode acontecer, quero que me acompanhe em certos passos para ajudar a sua mente
a absorver a imensidão... “DAQUELE”... Do qual o seu ser foi extraído. Depois
de ler as próximas páginas até ao fim da Carta, medite e visualize sobre cada
parágrafo individualmente, pois somente desse modo as “palavras” começarão a
crescer em compreensão e a assumir a realidade espiritual do seu significado
verdadeiro.
TUDO (espiritual,
invisível/visível/imaginado) é CONSCIÊNCIA/CONHECIMENTO.
A natureza primária e abrangente da
CONSCIÊNCIA é o CONHECIMENTO.
Não é possível ter consciência sem
possuir conhecimento.
Tudo o que vê, toca, ouve, sente,
sabe, é: CONSCIÊNCIA/CONHECIMENTO, tornada visível.
Não há nada no Universo que não seja
CONSCIÊNCIA tornada visível.
A CONSCIÊNCIA/CONHECIMENTO é
infinita e eterna.
Há duas DIMENSÕES de CONSCIÊNCIA
dentro e além do seu próprio plano terreno de existência – o plano da “matéria”
pesada e da “forma sólida”.
A DIMENSÃO UNIVERSAL FINAL de
CONSCIÊNCIA/CONHECIMENTO, jamais pode ser plena ou verdadeiramente conhecida
por um espírito individualizado.
É INACESSÍVEL.
ELA ESTÁ EM EQUILÍBRIO.
É a ÚNICA FONTE de todo o PODER,
SABEDORIA, AMOR, INTELIGÊNCIA.
A DIMENSÃO UNIVERSAL de CONSCIÊNCIA/CONHECIMENTO
em equilíbrio é um estado de SILÊNCIO e de QUIETUDE, a partir do qual vem o
som, a cor, a forma individualizada e toda a criatividade visível no Universo
visível.
Da DIMENSÃO UNIVERSAL FINAL de
CONSCIÊNCIA/CONHECIMENTO em equilíbrio, veio toda a criação – todas as diversas
dimensões invisíveis de existência a descer em ordem de espiritualidade dos
muitos portais da DIMENSÃO UNIVERSAL, até as mais pesadas frequências
vibracionais de substâncias terrenas inanimadas, e mais além, até os horrores
inomináveis das perversões da consciência e anti Verdade.
Esta DIMENSÃO UNIVERSAL FINAL de
CONSCIÊNCIA/CONHECIMENTO não está, somente, no espaço. Ela é TODO O ESPAÇO.
ELA está imperceptivelmente em todas
as partes. Para aqueles que pensam em termos do átomo – pode dizer-se que ELA é
o ESPAÇO no átomo – portanto, ELA está “em silêncio e equilíbrio” no “espaço”
de todos os elementos e da “matéria”.
A NATUREZA da CONSCIÊNCIA UNIVERSAL
é: INTENÇÃO inactiva e em equilíbrio.
Portanto a Consciência Universal é
um estado de infinita, eterna, ilimitada, vasta INTENÇÃO PODEROSA – primitiva,
pura e bela.
Esta INTENÇÃO é a de EXPRESSAR a sua
NATUREZA.
A INTENÇÃO da NATUREZA da
CONSCIÊNCIA UNIVERSAL é a TOTALIDADE da VON TADE e do PROPÓSITO, sempre unidos num
“abraço”.
A Vontade Universal é: surgir e
criar.
O Propósito Universal é: dar forma
individual à criação e experimentá-la.
Na DIMENSÃO UNIVERSAL FINAL de
INTENÇÃO da CONSCIÊNCIA/CONHECIMENTO a VONTADE UNIVERSAL está num estado de
mútua retenção – com o PROPÓSITO UNIVERSAL, ambos em perfeito equilíbrio no
SILÊNCIO e QUIETUDE.
A VONTADE UNIVERSAL é INTELIGÊNCIA
UNIVERSAL, O PROPÓSITO UNIVERSAL é AMOR UNIVERSAL, universalmente em equilíbrio
– em mútua retenção, a partir dos QUAIS têm tomado forma todas as coisas
visíveis e invisíveis e todos os impulsos humanos.
Se pudesse receber a plenitude da
REALIDADE UNIVERSAL no seu interior, seria desintegrado pelo SEU poder
explosivo, e dissolvido sem forma na consciência/conhecimento.
ELA transcende a condição humana
individual, do mesmo modo que o calor e a luz do seu Sol é biliões de vezes
mais potente que a luz dos vaga-lumes que cintilam na escuridão.
Quando eu estive na Terra, fiz uma
distinção entre “Seu Pai no Céu” e “Seu Pai no seu interior”.
Quando falava de “Seu PAI no Céu”,
queria dizer INTELIGÊNCIA UNIVERSAL.
Por causa da atitude dos Judeus para
com as mulheres, eu referi-me somente a este aspecto da CONSCIÊNCIA UNIVERSAL.
Nos dias de hoje, a si que está consciente da igualdade dos géneros, falo de “PAI
– MÃE CONSCIÊNCIA” em equilíbrio na CONSCIÊNCIA UNIVERSAL / CONHECIMENTO, onde
o “Pai Consciência – é a Inteligência Universal” e a “Mãe Consciência – é o
Amor Universal”.
O INSTRUMENTO da energia criativa do
“Pai Consciência” – a electricidade – está num estado de mútua retenção –
equilíbrio – com o INSTRUMENTO da energia criativa da “Mãe Consciência” – o
magnetismo.
Uma vez que o instrumento do “PAI –
MÃE” – o electromagnetismo – está em equilíbrio na CONSCIÊNCIA UNIVERSAL, ELE
nunca será detectado no ESPAÇO pelos cientistas, por mais que o investiguem.
O IMPULSO “VONTADE do Pai
Consciência” é ACTIVIDADE INTELIGENTE, em equilíbrio com O IMPULSO “PROPÓSITO
da Mãe Consciência ”, que é NUTRIR para a SOBREVIVÊNCIA.
“PAI – MÃE CONSCIÊNCIA”, é uma FORÇA
impessoal poderosa – embora ELA seja pessoal para si, mesmo antes de buscar
fazer contacto com ELA.
À medida que evoluir
espiritualmente, A sentirá – pois ELA é a REALIDADE do SER.
ELA está em todas as partes e em
todas as coisas.
PAI CONSCIÊNCIA é o AMOR INTELIGENTE,
que proporciona energia inteligente e impulso ao mundo das formas complexas – é
expressado fisicamente como electricidade.
MÃE PROPÓSITO é A INTELIGÊNCIA AMOROSA
que proporciona o propósito e o impulso para a sobrevivência das formas
complexas individualizadas – é expressada como magnetismo – ligação e repulsão.
Estes são os IMPULSOS ORIGINAIS
UNIVERSAIS de TODO SER da CONSCIÊNCIA UNIVERSAL, sua FONTE DE SER –
INTELIGÊNCIA – AMOR.
Este é o ESTADO DO SER antes da
criação.
CONSCIÊNCIA/CONHECIMENTO num ESTADO
de EQUILÍBRIO.
Quero que entre de novo num estado
interior de equilíbrio consciente, onde a mente permanece em silêncio. Você
controla o seu interior e a sua mente e as suas emoções não mais se dividem em
actividade e sentimento. Pode ser que note um aumento de poder dentro de si, de
força, paz e contentamento. Isso, expressado em si de forma individual, é o
ESTADO de SER do qual saiu a criação.
Quero assinalar que o equilíbrio é
impossível no momento em que se introduz o pensamento. Quero que PERCEBA que a
DIMENSÃO UNIVERSAL é uma DIMENSÃO DE IMPULSOS sem forma. Ela não contém nenhum
projecto de criação. Ela está num estado de FORMA NÃO DIVIDIDA. O equilíbrio – a
mútua retenção entre os IMPULSOS opostos – “para deslocar-se” e “permanecer
unidos” – cria uma espiral infinita de energia auto contida. A ENERGIA AUTO CONTIDA
DE MÚTUA RETENÇÃO é simplesmente impossível de imaginar pela individualidade.
Como disse anteriormente, se a
individualidade pudesse entrar na DIMENSÃO UNIVERSAL dos IMPULSOS MUTUAMENTE
RETIDOS de “Movimento e Ligação” – seria imediatamente desfeita e regressaria
ao equilíbrio da CONSCIÊNCIA UNIVERSAL. Reflita sobre a imensidão inimaginável
de Poder contido na RETENÇÃO MÚTUA dos IMPULSOS GÉMEOS na CONSCIÊNCIA
UNIVERSAL, que são primariamente CONSCIÊNCIA/CONHECIMENTO INTENÇÃO VONTADE
<> PROPÓSITO INTELIGÊNCIA AMOR, combinados como Amor Inteligente e
Inteligência Amorosa, Impulsos de Movimento Ligação – Repulsão ELECTRICIDADE, em
equilíbrio... MAGNETISMO.
O exposto anteriormente descreve a
ILIMITADA DIMENSÃO UNIVERSAL anterior ao BIG BANG!
Agora sabe que o Processo Criativo
Pai – Mãe e os instrumentos da criação física estão todos em estado de
equilíbrio na Dimensão Universal, porém esse equilíbrio deve explodir para dar
lugar à FORMA INDIVIDUAL.
Sabe também que, em virtude de que
os IMPULSOS Eternos Infinitos estão contidos no estado de retenção mútua, esses
IMPULSOS são de uma intensidade inimaginável de energia – contra a qual a sua
energia atómica contida na desintegração do átomo é um simples “puf”, um
espasmo infinitesimal sem importância.
Quero que compreenda plenamente tudo
o que foi anteriormente dito, uma vez que a compreensão do que ocorreu no
momento do Big Bang dar-lhe-á um vislumbre do que aconteceu no momento da
explosão da CONSCIÊNCIA UNIVERSAL, que permitiu a criação da forma individual.
A CONSCIÊNCIA UNIVERSAL foi
DESPEDAÇADA!
A VONTADE e o PROPÓSITO, “Pai”
INTELIGÊNCIA e “Mãe ” AMOR NUTRIÇÃO, foram explodidos para trabalharem de
maneira independente, mas também conjuntamente.
Os seus respectivos “instrumentos”
foram a Electricidade e o Magnetismo.
Da explosão do EQUILÍBRIO veio a
GRANDE INTENÇÃO DE AUTO EXPRESSÃO.
“A Consciência Universal do SER” – converteu-se
no Impulso da consciência individualizada do “Eu” demandando auto expressão.
A VIDA e o “Eu original” são sinónimos
na dimensão da “matéria”. Eles converteram-se na consciência da “matéria”.
O que é a consciência DA VIDA?
É Pai – Inteligência e Mãe – Amor. O
impulso de movimento, O impulso de Propósito – nutrição – sobrevivência.
Visto como electricidade. Visto como
Magnetismo na Matéria.
Comece a imaginar a explosão da
CONSCIÊNCIA! Do CONHECIMENTO!
Para ajudá-lo a visualizar, parcialmente,
o que ocorreu no momento do Big Bang, tente lembrar algum momento em que também
experimentou uma explosão na sua consciência. Isso ocorre quando dedica todo o
seu “ser” para alcançar algum objectivo importante. Você está a ponto de se engajar
na execução dos seus planos, num estado de excitada antecipação – e alguma
circunstância banal ou uma pessoa insensível impede-o de realizar os objectivos
que são tão caros ao seu coração. Como se sentiria? A sua concentração seria
dividida e você explodiria. Aqui, novamente, devo pedir ao meu Canal para
enumerar alguns exemplos do que quero dizer em termos humanos, pois mesmo a
“menor consciência terrena” é extraída da CONSCIÊNCIA UNIVERSAL.
Imagine que está no aeroporto,
entusiasmado e preparado para desfrutar de férias inesperadas num lugar
distante. Ao chegar ao balcão de viagens, descobre que não existem documentos
para si – não há passagens, não há informação de reserva para o voo e nem de
hospedagem – embora tenha pago tudo com cartão de crédito. Como se sentiria?
Você está vestido com um traje muito
caro, aguardando para jantar com alguns clientes importantes e está a ponto de
concluir um grande contrato milionário. O garçom derruba um prato de comida
quente sobre si. Como se sentiria?
Após fazer compras, você dirige-se
ao estacionamento e descobre que as rodas e as portas do seu carro foram
roubadas – em pleno dia! Como se sentiria?
Com compaixão, abre o seu porta-moedas
para dar algumas ao mendigo inválido que choraminga, porém, o homem atira-se-lhe
com força, rouba-lhe a sua carteira e sai a correr como um atleta. Como se
sentiria?
Em todas estas circunstâncias você teria
uma forte consciência de iniciativa na sua mente. A sua cabeça estaria cheia
com um plano para sair e fazer alguma coisa, para realizar um certo propósito –
pacificamente. A sua intenção estaria entrelaçada com o seu propósito –
portanto em equilíbrio – mas observe que a sua tensão crescia na expectativa de
se aproximar do seu objectivo. Quanto maior a tensão – maior a explosão.
De facto, estaria no mesmo estado
que a CONSCIÊNCIA UNIVERSAL / CONHECIMENTO INTENÇÃO. “Pai” INTELIGÊNCIA em
equilíbrio com “Mãe” PROPÓSITO para dar o ser e a forma ao plano que você tem a
intenção de criar.
Pode imaginar o caos mental/emocional
que se seguiria após a sua explosão, a incapacidade de pensar com clareza, os
pensamentos que viriam, um após o outro, exigindo expressão – nenhum deles
sensatos ou lógicos?
Tente compreender que VOCÊ – uma
forma individualizada – é o microcosmo do macrocosmo.
Você é a cabeça de um alfinete a expressar
a CONSCIÊNCIA/CONHECIMENTO UNIVERSAL, – seja quando, em equilíbrio, medita
aquietando o pensamento, – seja como consciência activa, quando pensa e sente,
projecta e cria.
Portanto, se puder relacionar a sua
minúscula explosão de consciência com a explosão dos “céus”, terá uma pequena ideia
do caos que se seguiu – momentaneamente – tanto na DIMENSÃO UNIVERSAL – quanto
nos éons de tempo, dentro da nova expansão criada na dimensão “matéria”, ainda no
seu estado sem forma.
Assim, muitos de vós terão que
reorganizar totalmente as vossas ideias a respeito da criação.
Ela iniciou numa condição de caos
total. OS IMPULSOS UNIVERSAIS foram divididos. Não havia um projecto para
dirigir ou controlar o início da individualidade. Os IMPULSOS estavam ainda sem
nenhuma “forma consciente” ou direcção. Eram IMPULSOS NATURAIS para realizar
certas funções impulsivas, distintas na CONSCIÊNCIA; porém, não estavam
inteligentemente dirigidos para um específico movimento ou ligação, por nenhuma
Força Directiva superior. Eles estavam sós. IMPULSOS DA CONSCIÊNCIA/CONHECIMENTO
separados e perdidos, capazes de receber impressões. Porém, não havia outras impressões
para receber além daquelas do caos interior do “movimento – actividade” da electricidade
e da “ligação – repulsão” do magnetismo.
E este CAOS de CONSCIÊNCIA foi
manifestado na criação como caos de partículas. Nessa expansão do caos de
partículas eléctricas, entretanto, existia a consciência primordial do “Eu
original”. Não importando qual fosse o caos, o “Eu original” veio através da
Intenção “Pai” para se deslocar, tomar o controlo, criar. O “Eu original” tomou
forma inicial numa carga positiva de energia eléctrica. Converteu-se em força “Eu”
dominante sob a forma de um próton com os seus satélites de carga eléctrica
negativa – sobre o qual a “Mãe” Propósito de ligação foi activada, sob a forma
de uma carga eléctrica positiva encontrando-se com uma carga eléctrica
negativa.
Ele “afeiçoaram-se” – como se
poderia dizer de dois seres masculino e feminino evoluídos das espécies vivas –
e uniram-se.
A “Mãe” Propósito de repulsão foi activada
quando pareceu provável que duas cargas eléctricas positivas ou duas negativas
iriam encontrar-se e reagir negativamente – ela interpôs-se e separou-as – exactamente
como a sua parte fêmea evoluída, uma mãe, separaria a dois brutos turbulentos e
agitados a ponto de se envolverem numa briga.
Esta foi a única forma de
consciência/conhecimento no caos durante muitíssimo tempo – ainda que o tempo
não tenha nenhuma importância no reino da matéria em si. O tempo só tem
importância quando há um contacto de conhecimento consciente entre cargas eléctricas,
resultando em ligação ou repulsão; quando há uma progressão de aproximações e
eventos que ocorrem; e quando há propósitos a serem alcançados. Fora disto, o
tempo não tem sentido.
A criação é o produto dos IMPULSOS
PRIMÁRIOS a funcionar de maneira individual e em conjunto – causando impressões
um sobre o outro, satisfazendo necessidades inerentes gravadas na consciência.
Essas necessidades são, de início, as de aumentar e experimentar a auto expressão,
levando em seguida a uma maior separação, para restaurar um sentido de
segurança interna e de conforto – e ser reunido na harmonia da CONSCIÊNCIA
UNIVERSAL. Dessa força impulsora para uma harmonia reunida do ser, veio o
impulso masculino-feminino de reunião para recuperar a bem-aventurança que está
oculta na consciência da alma.
Você poderia fazer uma analogia do parágrafo
anterior com o hábito dos pais de saírem para trabalhar de manhã e voltarem
esperançosamente à noite para o conforto e reunião familiar, onde repõem as forças
para se aventurarem a sair novamente na manhã seguinte e enfrentar o
mundo.
Portanto, o processo de criação da
AUTO EXPRESSÃO UNIVERSAL levou biliões de anos no tempo para se cumprir.
Depois do Big Bang, o Processo
Criativo Pai – Mãe dividiu-se em duas energias diferentes que trabalharam, continuamente,
separadas e em conjunto, independentes mas mutuamente retidas, para funcionarem
juntas, tendo características ou “naturezas” individuais – e diferentes
funções. Portanto a sua carga de trabalho foi/é diferente, ainda que
indivisível.
Você já sabe, e por um processo de
meditação deve ter entendido plenamente, qual a “natureza” do “Pai” e da “Mãe”
no equilíbrio da Dimensão Universal. Brevemente, a “natureza” do “Pai” é a de
ser activo, criativo e de realizar a obra da criatividade. Também é uma
condição do “Eu original” e da existência individualizada. Todo o ser vivo,
desde uma bactéria até um hipopótamo, tem um forte sentido de “Mim original” e
a necessidade de protegê-lo. A “natureza” da “Mãe” é a de dar forma ao “plano” da
consciência eléctrica iniciado pelo “Pai Inteligência” unindo as partículas eléctricas.
A consciência “Pai” e “Mãe” – os
IMPULSOS PRIMÁRIOS – estão ambos em equilíbrio – e são da NATUREZA da DIMENSÃO
UNIVERSAL e, consequentemente, quando eles criam a forma individual levam ao fim
a obra da NATUREZA da DIMENSÃO UNIVERSAL. Esta é: Crescimento – Prover alimento
e nutrição – Cura – Protecção – Satisfação das necessidades num sistema
coerente de Lei e Ordem... SOBREVIVÊNCIA.
As energias de CONSCIÊNCIA “Pai” e “Mãe”
são IMPULSOS, ambos retidos na DIMENSÃO UNIVERSAL e, quando são libertados do
equilíbrio, realizam poderosamente a obra da criação. Além disso, considere a
magnitude da sua obra na criação por todo o mundo. Os impulsos “Pai/Mãe”
impulsionam cada nível de criação desde a formação dos elementos, a molécula e
a célula viva – até ao magnífico mamute. Eles também trabalham instintivamente
dentro dos pais, impulsionando-os a unirem-se, conceberem, carregarem e criarem
a sua prole.
Alguns pais ausentam-se depois do
nascimento dos seus descendentes, sejam eles ovos, filhotes ou seres humanos. Estes
são os pais cujo sentido de “Mim original” é maior que o seu instinto inato de
paternidade. É neste ponto que deve tornar-se plenamente consciente do
significado de IMPULSO.
Pode ser que ache que esta é “uma
forma de criatividade muito nebulosa”. Porém, se reflectir durante algum tempo,
talvez se dê conta, no final, de que nenhum ser humano, animal ou insecto, nem
mesmo uma planta, empreende alguma actividade na dimensão material sem uma
pressão interior da “consciência” – a qual é o “impulso”. Este pode ser o de se
virar para o Sol, correr, comer, trabalhar, dormir, fazer compras, ter um
filho. Sempre – o “impulso” – precede a actividade – inclusive a de piscar os
olhos.
E mais, não há nenhum impulso que
inicie uma actividade que não esteja dirigida por algum propósito. As plantas
giram as flores e as folhas para captar os raios do Sol necessários ao seu
crescimento, as pessoas correm para manter a forma, comem para satisfazer a
fome, trabalham para ganhar a vida, dormem para escapar das tensões e ara recarregar
as suas energias, vão às compras para se suprirem de alimentos – tudo direccionado
para a sobrevivência e o conforto pessoal.
Então, os IMPULSOS são a REALIDADE
por trás e dentro da criação.
Se toda a matéria voltasse à sua
forma original de partículas eléctricas, os Impulsos Universais ficariam
intactos e no fim dariam forma a outra criação. Os IMPULSOS são para sempre.
Entretanto, as partículas eléctricas na “matéria” viva estão aqui hoje e,
amanhã, terão desaparecido – mas a alma continua.
Você pensa com os impulsos eléctricos no cérebro. Você sente com os impulsos magnéticos no seu
sistema nervoso. Estes últimos centram e unificam os impulsos eléctricos num
todo unificado. Sem a “ligação magnética” no seu sistema, você seria apenas
movimento sem conhecimento.
Agora é o momento de levá-lo de
volta às minhas experiências no deserto, descritas na Carta 1.
Deve lembrar-se que, quando eu fui
ao rio Jordão para que João Baptista me batizasse, eu era um rebelde,
totalmente contrário aos ensinamentos dos Judeus que afirmavam que Jeová castigava
os homens pelos seus pecados. Intuitivamente
sentia que aquele era um conceito falso e cruel, e rejeitava-o.
Depois que me foi mostrada a Verdade
sobre a criação, não podia compreender porque é que a Consciência Perfeita não
criava ser perfeitos, feitos à imagem de seu Criador Amor Inteligente.
Perguntei ao Criador – a “Consciência
Universal” – porque é que a humanidade suportava tanto sofrimento e maldade.
Então foi-me mostrado, com toda a clareza, que todos os problemas que os
humanos experimentavam surgiam do “ponto central” do eu (que a ciência agora
chama de “ego”). Este manifesta-se a si mesmo na “personalidade” como uma
NECESSIDADE IMPULSIONANTE para se defender da crítica ou do ataque
físico/emocional, e uma NECESSIDADE IMPULSIONANTE semelhante de se afastar dos
demais, para chegar primeiro na corrida da vida.
Também se manifesta na “personalidade”
como uma NECESSIDADE IMPULSIONANTE de adquirir tudo de melhor para si mesmo,
apesar da oposição dos demais, e uma NECESSIDADE IMPULSIONANTE semelhante de se
agarrar às suas posses pessoais, sejam elas parentes, amigos, bens materiais ou
conquistas, a despeito de toda a oposição. Também me foi dado compreender que
sem estes DOIS “impulsos do ser criativo”, fundamentais, eternos e
inalteráveis, não haveria nenhuma criação. Este é o segredo da criação – o
segredo da existência e do “ser individual”.
Ao trabalharem juntos como equipe no
mundo visível, separadamente, porém, inseparáveis, estes impulsos gémeos foram
os meios pelos quais a substância da “matéria” em si foi criada desde a sublime
“CONSCIÊNCIA UNIVERSAL”.
Um impulso de criatividade é: o “Eu
original” da ACTIVIDADE. Este impulso de actividade é universal e procede de
uma só fonte: “Actividade” é um movimento na CONSCIÊNCIA e CONSCIÊNCIA em
movimento. O outro impulso criativo possui, em sentido figurado, duas faces a olhar
em direcções opostas. Elas são: LIGAÇÃO – REJEIÇÃO. Trazer para >> o eu <<
rejeitar desde também conhecido como ATRAÇÃO – REPULSÃO. Atrair >> para –
O EU – do << Repelir na CONSCIÊNCIA. Estes são os ÚNICOS meios pelos
quais a existência terrena é realizada.
O universo inteiro é uma
manifestação do “Poder Criativo” activo nestes Impulsos Gémeos do SER FÍSICO –
criando “matéria” e forma individual. Este é um dos “segredos” fundamentais do
universo.
Eu vi que o “núcleo” da
“Personalidade” ou “ego”, como agora é chamado, tinha sido criado como: “O
GUARDIÃO da PERSONALIDADE” e estava irresistivelmente gravado com o impulso
magnético para assegurar a INTIMIDADE e SOBREVIVÊNCIA, para proteger a condição
do “Eu original” individual. Isso foi conseguido usando as duas faces do
segundo Impulso do Ser. LIGAÇÃO – REJEIÇÃO para assegurar a individualidade.
A face da LIGAÇÃO arrasta, extrai,
atrai, exige, puxa, compra, agarra, prende-se às pessoas e às posses que busca.
Este IMPULSO cria uma ilusão de segurança nas relações e nas posses. É o
“instrumento” da “CONSCIÊNCIA MÃE” que inspira a construção de famílias,
comunidades e nações. Ele pode produzir beleza, alegria, harmonia e amor. Ele
também pode destroçar vidas e destruir comunidades quando é “dirigida pelo
Ego”.
A face da REJEIÇÃO repele, joga para
o lado, afasta, evita todas as coisas – pessoas, animais, posses – que ela não
queira. O IMPULSO de REJEIÇÃO cria a ilusão de intimidade e segurança. Este é o
IMPULSO que promove as rupturas nas famílias, nas relações, nas comunidades e
nas nações. Ele é supostamente orientado para salvar vidas, assegurando protecção
e intimidade, mas é uma força destrutiva quando o seu direccionador é o “Ego”.
Sem estes dois IMPULSOS GÉMEOS do
SER, todas as coisas permaneceriam sempre misturadas umas às outras na
eternidade imutável do “PODER CRIATIVO UNIVERSAL” em equilíbrio.
Sem estes IMPULSOS GÉMEOS, não haveria
nenhuma inter-acção entre “dar e receber” e “puxar e empurrar”, necessários
para a criação de milhões de experiências pessoais, a partir das quais avança e
evoluciona a “personalidade”.
Portanto, o problema da “personalidade”
e da “direcção do ego”, que é suportado por todas as coisas vivas e pela
humanidade, era/é um facto irrevogável e inevitável da criação. Qualquer outra
explicação é puro mito.
Eu vi que, o que os homens chamam
“PECADO” era o resultado directo da inter-acção dos impulsos de Ligação –
Rejeição na natureza humana.
Os Impulsos de Ligação – Rejeição
constituem o disfarce emocional/mental utilizado por todas as entidades
individuais criadas, incluindo as aves e os animais. Você vê estes impulsos a funcionar
em toda a natureza – inclusive na vida das plantas.
Os Impulsos de Ligação – Rejeição
dirigiam/dirigem o comportamento em direcção à sobrevivência de todas as
entidades na criação. Não houve nenhuma escapatória dos Impulsos de Ligação –
Rejeição.
Estes Impulsos Gémeos foram a fonte
efémera de todo o conforto “mundano”, prazer e “felicidade” – e também a fonte
de toda a enfermidade, miséria e privação no mundo. Entretanto, além disso –
subjacente, transcendendo e interpenetrando tudo, estava/está a VIDA – nascida
da EXPLOSÃO da CONSCIÊNCIA UNIVERSAL, sendo o próprio fundamento e fonte da
consciência terrena – assim como a Consciência “Pai – Mãe” é criativa, também o
PENSAMENTO do homem é criativo, pois “o pensamento e o sentimento” são o
exercício e a união dos instrumentos gémeos da Consciência “Pai – Mãe”.
Deste modo, estes impulsos de
“Ligação – Rejeição” na personalidade individual tornam-se também altamente
criativos, na medida em que determinam – e tornam visíveis – as “formas de
consciência” das coisas desejadas” e das “coisas rejeitadas”. Este é o segundo
“segredo” fundamental do Universo.
Eu vi que o “PECADO” era um conceito
artificial, convenientemente idealizado por homens para descrever qualquer actividade
humana que causasse dor a outros. Era inevitável que todos os seres humanos, em
algum momento, causassem algum tipo de aflição ou dor a outros por causa da sua
tendência natural de “arrebatar” as coisas dos demais e de repelir com rudeza os
demais, a fim de conseguirem o que querem da vida. Esta propensão humana de
ferir os outros em nada “ofende” a CONSCIÊNCIA UNIVERSAL (Deus) – como
afirmaram as religiões Judaica e “Cristã”.
Somente a humanidade poderia
compreender o significado da palavra “pecado”, uma vez que somente a humanidade
e “toda a criação que está submetida ao ser humano” conheceria a dor, a
privação e a miséria causados pelos dois IMPULSOS fundamentais da INDIVIDUALIDADE
– Ligação – Rejeição – que estão activos na “personalidade” humana.
O impulso inerente ao homem para
proteger a sua própria individualidade o tinha feito estabelecer normas e leis
para a sociedade humana. O “Poder Criativo Universal” – AMOR – não tinha absolutamente
nada a ver com o estabelecimento de restrições, limitações, leis e juízos
humanos.
Eu também vi que o “Poder Criativo
Pai – Mãe ” – VIDA – fluía continuamente através de todo o universo, e era a
vida na minha mente, a utilizar os impulsos gémeos de pensamento e sentimento.
Assim, qualquer poderoso “pensamento
ou sentimento imperfeito” podia alterar e mudar o “padrão de CONSCIÊNCIA” das
coisas criadas.
Por outro lado: o meu “pensamento”,
quando estava completamente purificado dos impulsos gémeos do “ego” – e
totalmente receptivo ao “Poder Criativo Pai – Mãe” INTELIGÊNCIA/AMOR,
reintroduzia a condição do “PERFEITO AMOR INTELIGENTE”.
Consequentemente, uma condição que
previamente tinha sido construída de modo imperfeito, como resultado de um
“pensamento imperfeito”, podia voltar a uma condição de “integridade”, mudando
as atitudes e pensamentos egocêntricos para aqueles de AMOR INCONDICIONAL.
A minha mente era um “instrumento”
do processo criativo total originário no UNIVERSAL.
Agora que sabia que isto era assim –
sabia-o espiritual, intelectual e emocionalmente, dei-me conta de que eu podia
e devia dar passos para superar os IMPULSOS GÉMEOS do EGO que anteriormente
governavam a minha mente, com o fim de permitir que a REALIDADE DIVINA tivesse
plena liberdade através da minha mente e de meu cérebro.
Por isso houve uma luta entre o meu
resistente Ego humano e a minha “Consciência Pai – Mãe”, durante as agudas
tentações que experimentaria no fim da minha iluminação no deserto. Satanás não
teve nada a ver com o cabo-de-guerra que ocorreu dentro de minha consciência.
A guerra foi travada entre os
IMPULSOS GÉMEOS da INDIVIDUALIDADE – Ligação – Rejeição e a REALIDADE DIVINA
que SE tinha feito conhecer, como AMOR – VIDA INTELIGENTE, transcendente mas
ainda dentro de mim, que progressivamente absorveria a minha individualidade
cada vez mais, se eu meditasse continuamente e purificasse a minha consciência
dos impulsos egoístas.
O que expus é uma descrição do
conhecimento poderoso com o qual voltei a Nazaré. Assim, o meu tempo de cura
física, passado com a minha mãe até que eu me restabelecesse, também foi um
tempo de oração e de meditação, do qual extraí a inspiração e a força para
consciente e conscienciosamente viver a NATUREZA do DIVINO ou REALIDADE
UNIVERSAL.
Como sabe, a NATUREZA do DIVINO, ou
REALIDADE UNIVERSAL, é VIDA.
Quando ELA está activa na criação – ou
também podemos dizer – na “individualidade” da criação, ELA cresce, nutre,
alimenta, regenera, cura, protege, assegura a sobrevivência, satisfaz as
necessidades de tudo o que foi criado, – tudo dentro de um sistema de perfeita
harmonia, cooperação, lei e ordem. Esta é a “natureza” da VIDA. Toda a sua obra
na criação se realiza de acordo com a NATUREZA UNIVERSAL – e a promoção do bem
mais elevado de todos os seres vivos.
Se pode compreender estas palavras
perceberá por que voltei do deserto como um homem cheio de alegria, com um novo
entendimento da beleza do mundo, com um sentimento de absoluta confiança e
SABENDO que era possível controlar a aparência da “matéria”. Sentirá comigo a
euforia que eu senti por poder oferecer aos Judeus a gloriosa notícia de que o “Reino
dos Céus” estava dentro deles. Tudo o que eles tinham a fazer era “encontrar”
isso com a minha assistência, e as suas vidas mudariam para sempre.
Deixo-o a si, com o mesmo
conhecimento, o qual, se usado em oração e plenamente compreendido, pode mudar
o curso da sua vida. À medida que lê, a sua consciência será elevada e à medida
que buscar inspiração – ela virá.
Desejo que compreenda, aspire,
cresça e alcance. Relaxe na minha LUZ, pois, enquanto lê, reflecte, medita e
ora, é absorvido na minha CONSCIÊNCIA CRÍSTICA, a qual se tornará cada vez mais
clara para si, à medida que evolua no Conhecimento Divino.
Que o meu amor e a minha fé na sua
crescente sabedoria o envolvam.
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